sábado, 27 de março de 2010

Gripe H1N1

Gripe H1N1 - OMS pede que governos se preparem para segunda onda da doença Organização adverte que eles terão de enfrentar decisões difíceis sobre como distribuir vacinas A diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan, pediu que os governos se preparem para uma provável segunda onda de casos de gripe suína, advertindo que eles terão de enfrentar decisões difíceis sobre como distribuir vacinas. O comunicado de Chan foi divulgado no momento em que mais de duas dezenas de companhias farmacêuticas ao redor do mundo se esforçam para produzir uma vacina segura e efetiva contra a gripe A H1N1, enquanto se aproxima o inverno do Hemisfério Norte "Não podemos dizer com certeza se o pior já passou ou se ainda está por vir", disse Chan, num discurso gravado, transmitido durante a abertura de um simpósio de três dias sobre gripe na região da Ásia-Pacífico. "Precisamos estar preparados para quaisquer surpresas que este novo e caprichoso vírus trouxer", afirmou a diretora-geral. "A constante mutação aleatória é o mecanismo de sobrevivência do mundo microbial", disse Chan." Também precisamos nos preparar para uma segunda ou terceira onda de contágio, como foi visto em pandemias anteriores", alertou Chan. Cerca de 1.800 pessoas morreram em todo o mundo desde a descoberta do vírus A/H!N!, em abril, segundo a última atualização emitida pela OMS nesta semana. A grande maioria dessas mortes foi registrada no continente americano. A OMS declarou pandemia global em junho e agora diz que há casos confirmados em mais de 170 países. Embora a epidemia pareça estar se enfraquecendo no hemisfério sul, os preparativos devem ser acelerados no hemisfério norte, na medida em que a temporada de gripe sazonal se aproxima, disse Chan. "Como todo vírus de gripe, o H1N1 tem do seu lado a vantagem da surpresa", declarou. "Nós temos do nosso lado a vantagem da ciência e da investigação racional, apoiada pela coleta de dados, análise e comunicação, que têm uma força sem precedentes", acrescentou. Chan afirmou que a questão de como garantir oferta adequada de vacina em todo o mundo tem de ser enfrentada com prioridade. "Precisamos buscar aconselhamento sobre grupos prioritários para proteção inicial", disse a diretora-geral da OMS. "Esta é uma das decisões mais difíceis que teremos de tomar, especialmente quando se sabe que a oferta será extremamente limitada em alguns dos próximos meses". FONTE: http://www.bemparana.com.br/ 21/08/2009.

Educadores como você

Educadores como você Carla anda de cadeira de rodas. George é cego. Rodrigo e Patrícia são surdos. Débora tem síndrome de Down. Além de possuírem algum tipo de deficiência, eles têm mais coisas em comum: cresceram numa época em que inclusão ainda era uma palavra que não significava a total integração à escola e à sociedade de pessoas com necessidades educacionais especiais. Mesmo assim, os cinco lutaram contra preconceitos, conquistaram espaço no mercado de trabalho e hoje são EDUCADORES COMO VOCÊ A dor que a professora Carla Costa Kind da Silva sentiu nas costas numa noite de1994 foi tão intensa que ela desmaiou. Quando acordou, no centro de tratamento intensivo de um hospital do Rio de Janeiro, ela não mexia nem o pescoço. Segundo os médicos, uma inflamação na medula tinha deixado Carla paralisada para sempre. "Senti que era o fim de meus sonhos." Aos 23 anos, Carla estava noiva havia três meses, tinha mais um ano para se formar em Ciências Sociais e planejava fazer mestrado... Sem perspectiva de melhora, ela propôs o fim do noivado, mas o bombeiro Sérgio Sousa da Silva não quis nem ouvir seus argumentos e tomou uma decisão radical. Mudou-se para a casa dela e começou a estudar acupuntura, shiatsu, ioga, fitoterapia e fisioterapia para ajudá-la no tratamento. Tão misteriosa quanto o aparecimento da doença tem sido sua recuperação. Contra todas as previsões, em seis meses ela movimentava os braços e hoje consegue ficar em pé sobre uma das pernas. Aceitar as limitações não foi fácil. No início, ela não queria sair de casa por vergonha da cadeira de rodas, mas a família decidiu "arrastá-la". Sábia decisão. Dali em diante, sua postura mudou. Carla retomou os estudos e lutou para voltar a lecionar. Há seis anos, casou-se com Sérgio - de véu e grinalda - e teve o prazer de entrar na igreja andando, amparada pelos pais. Há dois anos, deu à luz André Luiz, deixando muita gente espantada. Assim como cuida do filho, Carla dá conta da turma de Educação Infantil do CIEP Yuri Gagarin, onde nem tudo está adaptado à sua condição. A rampa de entrada é íngreme e perigosa, mas na sala há espaço para circular com a cadeira de rodas. Hoje, aos 35 anos, ela faz valer seus direitos, exerce com prazer a profissão que escolheu e encara a vida com alegria. Pela luz dos olhos dele Ao visitar uma escola, no final de 2004, o então estudante de História George Gomes de Oliveira ouviu de um aluno: - Você não enxerga nada? - Nada, nadinha... - E vai dar aula pra gente no ano que vem? - Pode ser. Por quê? - Vixe! Já pensou se você entrar na sala e todos nós sairmos de mansinho? - Eu não enxergo um palmo à frente do nariz.Aliás, nem o nariz eu enxergo. Mas sei dar aula direitinho! Com esse mesmo bom humor, o professor Georges e apresentou no ano passado às 12 turmas da EE Francisco de Paula Antunes, em Brasília de Minas, a 450 quilômetros de Belo Horizonte. Ele perdeu a visão do olho direito aos 6 anos, ao cair de um cavalo. Aos 12, a retina esquerda também o deixou na mão. Desanimado, parou de estudar. O garoto voltou à escola só aos 19 anos, quando fez supletivo e aprendeu braile. Seu sonho era fazer Processamento de Dados. "Queria usar softwaresque obedecessem a comandos de voz." Aprovado na seleção, não pôde fazer o curso, pois a escola técnica não estava preparada para receber cegos. Que decepção! No Ensino Médio, conheceu um professor de História que, para driblar a gagueira, entrava na sala declamando a matéria. "Essa estratégia fantástica me fez pensar em lecionar." Um outro professor, de Física, sugeriu que ele gravasse as aulas. Um santo conselho. Hoje seu acervo tem mais de 350 fitas, incluídas as da faculdade. Passar no vestibular da Universidade Estadual de Montes Claros foi moleza. "Só percebemos que George era cego no quinto dia de aula", lembra Leandro Mendes, colega de graduação e de profissão. Professor conservador, em sua própria avaliação, George, 33 anos, decora o conteúdo por tópicos depois de ouvi-los nas fitas. Em classe, dita para uma aluna, que passa tudo no quadro - para onde ele aponta durante as explicações, como se estivesse destacando alguma informação. Só nos dias de prova Leandro vem ajudá-lo. "É para ver se ninguém está colando." "Eu gosto de ensinar" Patrícia Alessandra Luciano Campos, 31 anos, é pura tranqüilidade. O marido, Rodrigo César Baltazar Campos, 35, é agitado e grande contador de histórias. Os dois são surdos e ainda eram adolescentes quando se conheceram. Hoje vivem num espaçoso apartamento em Florianópolis com o filho, Lucas. O garoto, de 6 anos, é muito apegado aos pais, apesar de eles se comunicarem em uma língua diferente. Lucas ouve perfeitamente. Para que desenvolvesse a fala, contou com o estímulo dos avós e da babá e foi para a escola logo depois do primeiro aniversário. Ele ainda não conhece muito bem a Língua Brasileira de Sinais (libras), mas vai aprender. Afinal, a mãe é professora da matéria. "Foi ela quem me ensinou libras", recorda Rodrigo, que, quando garoto, enfrentou muitos problemas na escola. Língua de sinais, naquele tempo, nem pensar! A dificuldade em Língua Portuguesa o levou a ser reprovado várias vezes. Patrícia também enfrentou desafios. Os pais dela, assim como os de Rodrigo, queriam que Patrícia só fosse oralizada (aprendesse a falar). Ela até consegue falar um pouco e, quando não se faz entender, usa mímica, aponta ou escreve. Mas, rebelde como qualquer adolescente, aprendeu libras escondido. Em março, o casal se formou em Pedagogia e sabe bem o valor de uma escola preparada para lidar com as diferenças. Além da linguagem de sinais, Patrícia ensina Língua Portuguesa para os alunos surdos da Escola Básica Donícia Maria da Costa. Rodrigo trabalha na administração da empresa da família e começou este ano a dar aulas de Matemática na sala de apoio da mesma escola. "Meu maior orgulho foi ver uma aluna da 7a série tirar10 na prova. Ela só tinha notas vermelhas", conta. Na foto, Rodrigo diz com as mãos: "Eu gosto". E Patrícia, completa: "De ensinar". Questão de estímulo "Tenho síndrome de Down e não quero ser discriminada. Vim cursar o Magistério e vou até o fim." Assim Débora Araújo Seabra de Moura se apresentou aos colegas na EE Luís Antônio, em Natal. Apesar da atitude firme, enfrentou professores que a consideravam incapaz e colegas que abusavam de sua bondade. Débora escreveu uma carta para a diretora relatando o tratamento de que era vítima. Ao se formar, mandou convite para todos os antigos mestres. Os pais, a advogada Margarida e o psicanalista José Robério, comemoraram mais essa etapa de luta por espaços e estimulação que começou quando a filha nasceu. A equipe da Escola Doméstica - onde ela cursou parte do Ensino Fundamental - ofereceu classes para a jovem estagiar. "Queríamos ajudá-la... Que paternalismo! É ela quem nos ensina, e muito", diz a vice-diretora, Cristine Rosado. Débora, 25 anos, é professora auxiliar de uma turma com 27 crianças, de 3 e 4 anos. Trabalha como voluntária porque, se for registrada, perde o direito a pensão em caso de morte dos responsáveis (os pais lutam para mudar a lei). Débora faz o planejamento das aulas com a professora titular e, com uma orientadora pedagógica, em casa, pesquisa e traça metas individuais. Ela mantém um diário em que anota tudo o que acontece na escola. "Tenho um aluno agressivo. Se ele continuar assim, vai ficar sem amigos", escreveu no ano passado. Ela conversou com o menino e com os pais dele. No final do ano, o garoto havia mudado. "Fiquei emocionada quando ele me disse que eu era ótima professora."

Gripe H1N1

A gripe h1n1 e as Crianças Hoje li um artigo interessante no Jornal I Online que trata sobre a Gripe h1n1 e as crianças. O artigo aborda a necessidade de fazer com que as crianças sintam-se seguras, salientando que os pais devem explicar e responder as perguntas das crianças de uma maneira simples. Diversos pediatras elucidam neste artigo as dúvidas mais comuns dos pais. Pontos Importantes: Deve-se também transmitir as regras de higiene necessárias para se evitar o contágio como: - Lavar sempre as mãos - Evitar levar as mãos aos olhos, boca e nariz - Dormir Bem - Alimentar-se Bem * No caso de existir suspeita de gripe, a criança deve sempre ficar em casa e ser observada por um pediatra. Caso a criança manifeste sintomas da doença, não deve ir à escola ou ao infantário. É importante que fique em casa, em isolamento, para evitar a propagação do vírus. A ingestão de líquidos deve ser reforçada para evitar a desidratação e o apetite da criança deve ser respeitado. As Escolas: As escolas e outros estabelecimentos de ensino assumem um papel importante na prevenção de uma pandemia. Aos docentes cabe a tarefa de explicar às crianças as regras que devem ter em conta para evitar o contágio. Sempre que um aluno apresente febre durante a permanência na escola, deve promover-se o seu afastamento das restantes crianças e deve contactar-se os pais. A criança deverá observada por um profissional de saúde. Infantários e ATL: Ensinar as crianças mais pequenas a esconder o espirro e a utilizar o mesmo lenço apenas uma vez. Devem ser desinfectadas todas as superfícies,desde as maçanetas das portas até aos brinquedos e outros materiais que as crianças partilhem. As medidas habituais de higienização devem ser reforçadas e as crianças devem lavar as mãos mais vezes. Praias e parques infantis: Todos os espaços ao ar livre são recomendáveis, porque reduzem as possibilidades de contágio. Os maiores problemas surgem em espaços fechados onde não haja circulação de ar. Centros comerciais: Não se deve levar as crianças aos centros comerciais, locais fechado facilitam a propagação dos vírus. Leia o artigo na íntegra e saiba mais sobre a Gripe h1n1 e as Crianças: Artigos Relacionados: * Livro | Homeopatia Prática para Bebés e Crianças * Cuidado com as Vitaminas e Suplementos Alimentares * Tipos de Alergia na Infância

O desenho e o desenvolvimento das crianças

Desenvolvimento infantil O desenho e o desenvolvimento das crianças Os rabiscos ganham complexidade conforme os pequenos crescem e, ao mesmo tempo, impulsionam seu desenvolvimento cognitivo e expressivo "Sabia que eu sei desenhar um cavalo? Ele está fazendo cocô." "Vou desenhar aqui, que tem espaço vazio." "O cavalo ficou escondido debaixo disso tudo!" Joana, 3 anos Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP) No início, o que se vê é um emaranhado de linhas, traços leves, pontos e círculos, que, muitas vezes, se sobrepõem em várias demãos. Poucos anos depois, já se verifica uma cena complexa, com edifícios e figuras humanas detalhados. O desenho acompanha o desenvolvimento dos pequenos como uma espécie de radiografia. Nele, vê-se como se relacionam com a realidade e com os elementos de sua cultura e como traduzem essa percepção graficamente. Toda criança desenha. Pode ser com lápis e papel ou com caco de tijolo na parede. Agir com um riscador sobre um suporte é algo que ela aprende por imitação - ao ver os adultos escrevendo ou os irmãos desenhando, por exemplo. "Com a exploração de movimentos em papéis variados, ela adquire coordenação para desenhar", explica Mirian Celeste Martins, especialista no ensino de arte e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A primeira relação da meninada com o desenho se dá, de fato, pelo movimento: o prazer de produzir um traço sobre o papel faz agir. Os rabiscos realizados pelos menores, denominados garatujas, tiveram o sentido ampliado sob o olhar da pesquisadora norte-americana Rhoda Kellogg, que observou regularidades nessas produções abstratas (veja no topo da página o desenho de Joana, 3 anos, e sua explicação). Observando cerca de 300 mil produções, ela analisou principalmente a forma dos traçados (rabiscos básicos) e a maneira de ocupar o espaço do papel (modelos de implantação) até a entrada da criança no desenho figurativo, o que ocorre por volta dos 4 anos. No período de produção de garatujas, ocorre uma importante exploração de suportes e instrumentos. A criança experimenta, por exemplo, desenhar nas paredes ou no chão e se interessa pelo efeito de diferentes materiais e formas de manipulá-los, como pressionar o marcador com força e fazer pontinhos. Essa atitude de experimentação tem valor indiscutível na opinião de Rhoda: "Para ela 'ver é crer' e o desenho se desenvolve com base nas observações que a criança realiza sobre sua própria ação gráfica", ressalta Rosa Iavelberg, especialista em desenho e docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), no livro O Desenho Cultivado da Criança: Práticas e Formação de Educadores. Esse aprendizado durante a ação é frisado pela artista plástica e estudiosa Edith Derdyk: "O desenho se torna mais expressivo quando existe uma conjunção afinada entre mão, gesto e instrumento, de maneira que, ao desenhar, o pensamento se faz". De início, a criança desenha pelo prazer de riscar sobre o papel e pesquisa formas de ocupar a folha. Com o tempo, a criança busca registrar as coisas do mundo Uma das principais funções do desenho no desenvolvimento infantil é a possibilidade que oferece de representação da realidade. Trazer os objetos vistos no mundo para o papel é uma forma de lidar com os elementos do dia a dia. "Quando a criança veste uma roupa da mãe, admite-se que ela esteja procurando entender o papel da mulher", explica Maria Lúcia Batezat, especialista em Artes Visuais da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). "No desenho, ocorre a mesma coisa. A diferença é que ela não usa o corpo, mas a visualidade e a motricidade." Esse processo caracteriza o desenhar como um jogo simbólico (veja abaixo o comentário de Yolanda, 5 anos, sobre seu desenho). "Esse aqui não é um coelho. Não me diga que é um coelho porque é um boi bebê. Eu estou fazendo uma galinha que foi botar ovo no mato. Quer dizer, uma menina que foi pegar plantas no mato para dar ao marido." Yolanda, 5 anos Muitos autores se debruçaram sobre as produções gráficas infantis, analisando e organizando-as em fases ou momentos conceituais. Embora trabalhem com concepções diferentes e tenham chegado a classificações diversas, é possível estabelecer pontos em comum entre as evolutivas que estabelecem. Pesquisadores como Georges-Henri Luquet (1876-1965), Viktor Lowenfeld (1903-1960) e Florence de Mèridieu oferecem elementos para a compreensão dos desenhos figurativos das crianças, destacando algumas regularidades nas representações dos objetos. Desenhar é uma forma de a criança lidar com a realidade que a cerca, representando situações que lhe interessam. Mais cedo ou mais tarde, todos os pequenos se interessam em registrar no papel algo que seja reconhecido pelos outros. No começo, é comum observar o que se convencionou chamar de boneco girino, uma primeira figura humana constituída por um círculo de onde sai um traço representando o tronco, dois riscos para os braços e outros dois para as pernas. Depois, essa figura incorpora cada vez mais detalhes, conforme a criança refine seu esquema corporal e ganhe repertório imagético ao ver desenhos de sua cultura e dos próprios colegas. Uma das primeiras pesquisas dos pequenos, assim que entram na figuração, é a relação topológica entre os objetos, como a proximidade e a distância entre eles, a continuidade e a descontinuidade e assim por diante. Em seguida, eles se interessam em registrar tudo o que sabem sobre o modelo ao qual se referem no desenho, e é possível verificar o uso de recursos como a transparência (o bebê visível dentro da barriga mãe, por exemplo) e o rebatimento (a figura vista, ao mesmo tempo, por mais de um ponto de vista). Assim, a criança se aproxima das noções iniciais de perspectiva e escala, estruturando o desenho em uma cena, sem misturar na mesma produção elementos de diferentes contextos (veja abaixo a produção de Anita, 5 anos, que detém essas características). "Vou desenhar a minha casa. Aqui é o portão e tem uma janela aqui." Anita, 5 anos "Dá para ver a sua mãe dentro de casa?" Repórter "Não, porque a porta parece um espelho. Só daria se a janela estivesse aberta." Anita O desenho é espontâneo ou é fruto da cultura? Entre os principais estudiosos, há uma cizânia. Há os que defendem que o desenho é espontâneo e o contato com a cultura visual empobrece as produções, até que a criança se convence de que não sabe desenhar e para de fazê-lo. E há aqueles que depositam justamente no seu repertório visual o desenvolvimento do desenho. Nas discussões atuais, domina a segunda posição. "A única coisa que sabemos ser universal no desenho infantil é a garatuja. Todo o resto depende do contexto cultural", diz Rosa Iavelberg. Detalhes da figura humana, noções de perspectiva e realismo visual são elementos da evolução do desenho. Essa perspectiva não admite o empobrecimento do desenho infantil, mas entende que a criança reconhece a forma de representar graficamente sua cultura e deseja aprendê-la. Assim, cai por terra o mito de que ela se afasta dessa prática quando se alfabetiza. "O desenho é uma forma de linguagem que tem seus próprios códigos", diz Mirian Celeste Martins. "Para se aproximar do que ele expressa, é preciso fazer uma escuta atenta enquanto ele é produzido." Para Mirian, a relação entre a aquisição da escrita e a diminuição do desenho ocorre porque a escola dá pouco espaço a este quando a criança se alfabetiza - algo a ser repensado em defesa de nossos desenhistas. * Os desenhos e os diálogos publicados nesta reportagem são de crianças de 3 a 5 anos da Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)

Como ajudar os pequenos

Como ajudar os pequenos a controlar as emoções Sentir medo em situações novas faz parte da natureza humana e cabe a todos na creche saber como lidar com essa realidade para evitar dificuldades no futuro O ser humano, todos sabem, é um animal muito frágil. Diferentemente de outros mamíferos, que já nascem em pé e rapidamente aprendem a buscar alimento e se defender, os bebês dependem dos adultos por um longo tempo. Assim, desde o início da vida, eles experimentam a sensação de medo. Acredita-se que os primeiros temores se manifestem por volta dos 3 ou 4 meses de idade. "Nessa fase, o bebê adquire a capacidade de distinguir o familiar do estranho e aprende a diferenciar a mãe (ou o responsável) de tudo o que o rodeia", explica a psicóloga Vera Zimmermann, coordenadora do Centro de Referência da Infância e Adolescência da Universidade Federal de São Paulo. "Ao perceber a existência de um desconhecido, ele teme perder o amparo materno." Esse sentimento é parte da nossa vida e "é importante para a própria proteção, pois inibe a exposição excessiva aos riscos", diz a professora Márcia Barbosa da Silva, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná. A psicopedagoga Eliane Pisani Leite, de Brasília, completa: "O medo era uma proteção que o homem das cavernas tinha contra os ataques de predadores e até hoje nos permite sobreviver graças ao recurso da fuga quando algo nos ameaça". Até os 3 anos, é o receio de ser abandonado que mais apavora os pequenos. O escuro, a queda, o barulho e a luz forte estão, desde sempre, relacionados à separação da mãe. A partir dos 2 anos, o repertório aumenta em razão da descoberta do mundo simbólico. É por isso que muitas crianças querem distância de pessoas fantasiadas, como palhaços e Papai Noel. Por isso, ingressar numa escola de Educação Infantil é uma situação nova que pode provocar medo. Afinal, não haverá ninguém da família por perto. Daí a importância da adaptação. "Nos primeiros dias, o bebê ou a criança pequena podem ficar pouco tempo na creche para minimizar esse impacto", recomenda Márcia. Uma recepção calorosa e afetiva dos professores e auxiliares é fundamental para que os pequenos se sintam confiantes e protegidos. Melhor ainda se eles puderem ser recebidos sempre pela mesma pessoa. Todo adulto que vive com crianças precisa saber lidar com o medo infantil. "Se esse sentimento não for adequadamente trabalhado, pode provocar timidez excessiva, ansiedade e até fobias", alerta o psicanalista e psiquiatra Conceil Correa, da Associação Brasileira das Inteligências Múltiplas e Emocional, em São Paulo. Além disso, os temores prejudicam o aprendizado, já que o assustado só quer ficar no colo e pára de brincar com os colegas. Como identificar o medo? Quando o pequeno ainda não aprendeu a falar, a solução é observar reações como choro, expressão de susto, coração acelerado, respiração intensa, inquietação, músculos contraídos e retraimento. Ao passar a conversar, rapidamente surgem frases como "estou com medo", "não gosto", "escutei um barulho" e "está atrás da porta" para expressar a angústia. Além de tranqüilizar e acolher, você pode (sem forçar) estimular os que têm medo a falar, desenhar ou expressar o que os aflige. Assim, eles podem compreender o que estão sentindo e aprender a lidar com isso. Outra ação eficiente é dizer que você também sente medo. "A criança entende que a sensação é comum a todos", ensina Márcia. Ler livros infantis também ajuda muito. "As histórias confortam, pois mostram que, apesar dos temores das dificuldades dos personagens, eles conseguem ir em frente", diz Jefferson Mainardes, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Bebês e crianças com deficiência também sentem medo e existem pequenas variações na hora de atendêlas. O deficiente auditivo, por exemplo, pode sentir receio de um ambiente desconhecido, mas levar um brinquedo de casa para a creche costuma ser eficaz. É possível que o cego tema a dificuldade de se fazer entender. Então, procure comunicar-se com ele da mesma forma que a família. A criança com deficiência mental às vezes se assombra com um desenho na TV. Nesse caso, evite trabalhar com o mesmo personagem. Em qualquer situação, os pais precisam ser avisados. Explique que não basta dizer aos filhos que "isso não é nada" e tente orientálos a falar sobre o sentimento. Um fantoche contra os temores Uma professora da Escola de Educação Infantil Girassol, em Piracicaba, no interior de São Paulo, desenvolveu durante uma semana um projeto com sua turma de 3 anos para tranqüilizar as crianças em relação a seus medos. Antes de iniciar o trabalho, ela pediu que cada uma trouxesse de casa um par de meias velhas na cor branca para confeccionar um fantoche. No primeiro dia, outra professora, também contadora de histórias, narrou um livro sobre o medo utilizando um boneco. Em seguida, os pequenos fizeram os fantoches com a ajuda dos adultos. Na hora de caracterizá-los, o desafio era representar os temores. Todos fizeram isso pintando a cara do boneco, amarrando os cabelos e vestindo roupas nele - tudo com materiais simples e baratos, como estopa, canetas hidrocor e retalhos de tecido. "A utilização de um material concreto e pessoal - a meia, no caso - para expressar os temores ajudou as crianças a pensar sobre o que elas estavam sentindo", lembra a diretora, Iraídes Varela. Nesse mesmo dia, a professora pediu que cada criança usasse o fantoche para falar sobre os próprios medos. "Depois de exteriorizar seus sentimentos, notamos que todos passaram a se sentir mais tranqüilos. Os receios diminuíram e a turma percebeu que o 'fantasma' não era tão feio quanto parecia", diz a diretora. Na semana seguinte, a missão da meninada foi confeccionar, com a segunda meia, um boneco semelhante ao primeiro para presentear um amigo. "Essa foi a forma que encontramos para que as crianças pudessem compartilhar a experiência assimilada", finaliza Iraídes.

Páscoas

As Duas Páscoas 1a- O Coelho Quando pensamos em páscoa lembramos logo de coelho da páscoa, todos os cartões de páscoa e os comerciais de Tv só falam nele. 1b- O Cordeiro Na primeira páscoa quando o povo de Israel saiu da escravidão do Egito, Deus mandou que matassem um cordeiro sem defeito e passassem o sangue deles nas portas para que ninguém de seu povo morresse naquela noite. A morte desse cordeiro e seu sangue derramado representava o que Cristo iria fazer mais tarde para nos salvar de nossos pecados- que foi exatamente o que aconteceu quando Jesus foi para Jerusalém comemorar a sua última páscoa. 2a- O Ovo de Páscoa Quando chega a páscoa as lojas ficam cheias de ovos de chocolates e todo mundo compra, come e dá de presente para alguém. 2b- Pão e vinho Mas quando Jesus se reuniu com seus amigos para comemorar sua última páscoa, Ele comeu o pão e bebeu vinho e disse que era assim que eles queriam que nós comemorássemos também, nos lembrando Dele e de seu sacrifício que estava para fazer por nós. Aplicação 1: Você já aceitou Jesus, Deus quer que você comemore a páscoa lembrando que Jesus é a nossa páscoa.(1João 5:7) 3a- Feriado Outra coisa que gostamos na páscoa é do feriado, do descanso, dormir até mais tarde... 3b- Jesus Orando Mas Jesus não descansou naquela noite, Ele passou a noite orando, porque sabia o que iria acontecer naquele final de semana de Páscoa. 4a- Feliz Páscoa Na páscoa as pessoas ligam, mandam cartões desejando feliz páscoa para todos, mais a maioria delas nem sabe o que quer dizer realmente. 4b- Coroa A última páscoa de Jesus não foi uma "Feliz Páscoa". Naquela noite quando estava orando, Ele foi preso e levado para ser julgado, condenado e espancado. É que as pessoas que não acreditavam que Ele era o Filho de Deus que veio para nos livrar de nossos pecados, queriam matá-lo. Mas antes o maltrataram muito e até colocaram uma coroa de espinhos em sua cabeça, para que Ele sofresse mais ainda. 5a- Presente Na páscoa nós sempre esperamos receber alguma coisa das pessoas que amamos: um bombom, uma cesta de chocolates, um cartão, presentes... E quando não ganhamos nada ficamos tristes. Aplicação 2: Deus quer que você que já aceitou Jesus seja diferente, e comemore a páscoa mesmo que você não ganhe nenhum presente. Lembrando-se de Jesus e aproveitando a oportunidade para falar aos outros do verdadeiro sentido da páscoa, que é Jesus. 5b- Cruz Na última páscoa Jesus quis nos dar o maior presente: Sua própria vida para nos salvar da morte eterna, que é o castigo dos nossos pecados. Da mesma forma que um cordeiro sem defeito precisava ser morto e seu sangue derramado para proteger o povo da morte, Jesus, o perfeito filho de Deus, foi morto na cruz e derramou o Seu sangue para nos dar vida eterna. E Ele fez isso por amor. (Romanos 5:8) 6a- Criança Quando chega o Domingo de Páscoa, as pessoas já comeram tanto chocolates que estão meio enjoadas, algumas estão até mais gordinhas. Mesmo assim continuam vazias e tristes. 6b- Túmulo Vazio Naquele Domingo de Páscoa, três dias depois que Jesus foi morto e sepultado, também havia algo vazio: Era o túmulo onde Ele havia sido sepultado. Quando algumas mulheres foram visitá-lo lá encontraram o túmulo vazio. Elas ficaram assustadas quando o anjo disse: " Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito" Toda tristeza daquela Páscoa se transformou em alegria quando os amigos de Jesus descobriram que Ele estava vivo. Você também pode ter essa alegria hoje se receber Jesus como seu salvador... (apelo) Fonte: http://www.escoladominical.net/forum/ Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. (1 João 5 : 12)

Audição e Visão

Audição e Visão Aproveite os esquemas que disponibilizamos em nosso site para que os alunos compreendam a anatomia dos ouvidos e olhos. Depois disso e ainda tendo como base os esquemas peça para que descrevam o trajeto dos sentidos da audição e da visão até chegar ao cérebro. Ouvido: http://www.smartkids.com.br/desenhos-para-colorir/ouvidos.html Olhos: http://www.smartkids.com.br/desenhos-para-colorir/visao.html É importante conhecer as doenças que podem afetar esses dois órgãos dos sentidos e, para que os alunos possam aprofundar nesse tema solicite que façam uma entrevista com um otorrino e um oftalmologista. A classe pode ser dividida em grupos, procurando profissionais diferentes e em seguida deverão expor para a classe o que registraram sobre a entrevista. Peça aos alunos uma pesquisa sobre poluição visual e auditiva. Proponha que o resultado seja mostrado para a turma de formas diferentes: através de uma dramatização, criação de um rap, jornal informativo, etc. Esse trabalho terá o objetivo também de conscientizá-los em relação a hábitos muito prejudiciais entre crianças e adolescentes, como por exemplo ouvir música com som muito alto.